Parques em Mato Grosso e Goiás que recebem milhares de turistas estão em chamas.No Pará, falta fiscalização para conter incêndios provocados por fazendeiros.
O inverno seco alimenta novos focos de incêndio nas matas brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em todo o país, de janeiro a agosto deste ano as queimadas em áreas de preservação cresceram 43% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em Mato Grosso, está fechado, em pleno Feriado da Independência, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães - que recebe milhares de turistas por ano. O motivo é o incêndio que, em oito dias, queimou 15% do parque. Nesta sexta-feira (7), os brigadistas receberam um reforço no combate às chamas. Motoqueiros passaram por trilhas que costumam percorrer em feriados como o de hoje. Na garupa, brigadistas e equipamentos, como bombas d'água, e a pressa para encontrar o caminho em direção aos focos de incêndio. Por terra, há muitas dificuldades. Só com o transporte aéreo se chega com rapidez ao local do incêndio. Um helicóptero transportou dezenas de homens entre os 160 que há oito dias tentam apagar o fogo. Para acelerar o trabalho, eles vão montar motobombas, que retiram água dos rios e injetam nos tanques dos brigadistas. Tecnologia para enfrentar chamas extensas.
As equipes chegaram a usar aviões para combater o incêndio. Eles fizeram várias viagens e despejaram água em pontos críticos. Mas as operações tiveram que ser interrompidas depois que o fogo voltou a atingir as áreas de montanhas. As chamas já podem ser vistas nos paredões do Véu de Noiva, região de nascentes e cachoeiras que registra o maior movimento de turistas no parque. A reserva, que recebe 120 mil turistas por ano, está fechada para a visitação desde que o incêndio começou.
Fonte: G1