sábado, 25 de agosto de 2007

Biocombustíveis ou “gasolina” da morte?


O próprio significado da palavra diz tudo: Bio significa vida, portanto, a utilização deste termo como prefixo do nome dado aos combustíveis produzidos a partir de produtos agropecuários gera controvérsias, pois, ao relacioná-lo com a vida, tenta-se justificar que a sua utilização reduziria a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa), reduzindo o avanço do “aquecimento global”, assim contribuindo com a preservação dos ecossistemas que ora estão ameaçados de desequilíbrio. A verdade é que o que se busca com os agrocombustíveis é a perpetuação da lucrativa indústria automobilística, petroquímica e agroquímica, nos moldes capitalistas de destruição da biodiversidade e do próprio homem. Em que pese a propaganda da UE (União Européia) e os EUA (Estados Unidos da América) em relação a este tipo de combustível nos fazer acreditar que diminuiriam de maneira significativa o efeito estufa do planeta, sendo que no processo produtivo desta “gasolina” aumentará profundamente a destruição da biodiversidade, observa-se que, para aumentar a produção dos agrocombustíveis, é inevitável o aumento da fronteira agrícola, da devastação das florestas, da extinção de vidas indígenas e camponesas, e até a morte de milhares de trabalhadores rurais. Milhares de alqueires de florestas e cerrados com uma rica biodiversidade transformar-se-ão em monoculturas. Quantos tipos de vidas serão extintas ao desmatar? Quantas toneladas de agrotóxicos serão despejadas nos rios para combater as “pragas” das lavouras? De quanto será os lucros das multinacionais das sementes transgênicas? Quantas toneladas de fumaça serão despejadas ao ar no processo de colheita e transformação da cana-de-açúcar? Ou quantos litros de combustíveis serão queimados pelas máquinas? Com tudo isso, seria melhor usar o termo que Frei Betto deu aos agrocombustíveis: “NECROCOMBUSTÍVEIS”. A palavra biocombustíveis está sendo empregada mais como um termo propagandista, pois esta palavra soa melhor aos ouvidos. Logo, qualquer pessoa o associa a produtos biológicos ou orgânicos, dando-lhe uma conotação positiva.


Fonte:Carlos Veggi Atala

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Uma Boa notícia: Perdemos "só" 9.600 km2 de floresta

Saiu na Época desta semana a seguinte frase Perdemos "só" 9.600 Km2 de floresta alegando que Em um ano, o Brasil perdeu 9.600 Km2da floresta Amazônica, uma area equivalente a oito cidades do Rio de Janeiro, estimativa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas espaciais sobre a derrubada da mata entre agosto de 2006 e agosto de 2007. É um indice alto mais é uma otima noticia. Esses 9.600 Km2 representam a menor perda anual de mata desde 1988. O desmatamento é a principal fonte brasileira de emissão de Co2, a substancia responsavel pelo efeito estufa "Com a queda do desmatamento o Brasil deixou de emitir 410 milhões de toneladas de Co2, evitou o corte de 600 milhões de árvores e a morte de 20 mil aves e 700 mil primatas". disse a ministra do meio ambiente Marina Silva.

Fonte: Ministerio Do Meio Ambiente, Revista Época Nº 483, 20 de agosto de 2007

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Barragem de Pedras.


Curiosidades, dados e informações sobre o rio que corta a nossa cidade.


A Usina da Pedra encontra-se localizada no rio de Contas, num trecho denominado Pedra Santa, 18 km a montante da cidade de Jequié, sendo constituída por uma única máquina de 20.007 kW.


Este rio constitui-se num importante curso d’água incluído entre os cinco mais importantes do estado da Bahia, que nasce na vertente leste da Serra das Almas, na Chapada Diamantina e é um dos componentes da "Bacia do Leste". Para a regularização das descargas do rio de Contas, num ponto onde a área de drenagem é de 38.720 km2 , criando um reservatório de acumulação de 1.750 hm3. Foi construída sobre rocha sã encontrada a mais ou menos 10 metros sob o leito do rio. O aproveitamento visa, além da regularização do rio para o controle das enchentes, abastecimento d’água, irrigação agrícola e geração de energia elétrica.


A bacia hidrográfica do rio de Contas tem uma área da ordem de 53.000 km2 dos quais, três quartas partes acham-se situadas no "Polígono das Secas". A parte restante atravessa zona de matas da região cacaueira. Com uma extensão de pouco mais de 500 Km, apresenta desde a nascente até sua foz em Itacaré, uma queda de 615 m.


O represamento da Pedra é feito por uma barragem do tipo de peso aliviado, constituída por monolitos de cabeça de martelo com cavidade interna. É composta de 24 blocos dos quais os sete blocos centrais (de No 12 a 18) são vertentes, com crista na cota 219,00 m, dotados de sete comportas de setor de 9,0 metros de altura por 12,50 metros de vão. O coroamento da barragem é na cota 232,00 m. O muro de contenção da margem esquerda é do tipo misto de alvenaria de pedra seca, reforçado por concreto levemente armado, na margem direita, o muro de contenção é de concreto e separa o dissipador de energia do conjunto descarregador de fundo da Usina hidrelétrica.


A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 01 transformador de 2,6 MVA, que eleva a tensão de 13,8 kV para 69 kV. A partir desse ponto é feita a conexão com o sistema de transmissão da CHESF através da Subestação de 69 kV, que se interliga com a SE - Funil 69 kV, passando a exercer um importante papel de reforço no suprimento de energia ao próprio regional de Funil.
Fonte: Chesf